domingo, 30 de outubro de 2011

Metades quase iguais!

Eu e meu irmão David Lucas no Programa "Estrelas" .

A música é só mais uma das muitas coisas que temos em comum! ^^


Esse é o link do vídeo!! Quem quiser assistir, é só clicar!
http://estrelas.globo.com/videos/v/aline-peixoto-e-david-lucas-gravam-uma-musica-no-estrelas/1678856/#/Programas/20111029/page/1


ADOREI!

beijos

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Viva!



Gotas da Primavera


Lembrava como se houvesse sido ontem que sua professora perguntara à classe o que é viver bem. Uns respondiam que era brincar todos os dias, e outros diziam que era comprar tudo o que podiam. Assim, um por um, até chegar a vez de Anita.  A professora olhou por cima dos óculos e perguntou: “E à você Anita, o que é viver bem?” A pequena criança de apenas oito anos, pensou durante longos segundos e com timidez respondeu hesitante: “Eu não sei... Só sei que meu sonho é tomar banho de chuva e ver um arco-íris”, ela disse abrindo um sorriso ingênuo. A professora pareceu achar graça de sua resposta e afagou os lindos cachos dourados que pendiam do alto de sua cabeça.
Anita nunca pudera tomar banho de chuva. Sua mãe tinha pavor, pois uma vez, uma vizinha o havia feito voltando do campo e contraiu pneumonia. A pobre senhora ficou tanto tempo doente, que o tempo quase chegou “lá”. Anita não ia à escola quando estava chovendo. Não saía nem de casa, não importando se chovesse durante dois meses seguidos. Então, quando a chuva finalmente passava, algumas vezes – na verdade, sempre o fazia – Anita corria até as árvores e as balançava o mais que podia para que as gotas lhe caíssem e assim pudesse ao menos imaginar o que era estar na chuva. Bem, ou pelo menos ela o fazia sempre, até que uma manga lhe caiu na cabeça. Agora procurava balançar somente pitangueiras.
Também nunca vira um arco-íris. Desta vez, quem a privara de ver fora seu pai. Não o arco-íris em si, claro. Mas sabe como é, seu irmão havia lhe contado que por aquelas bandas, um amigo do vizinho de seu primo distante – por acaso, marido daquela mulher que tomou banho de chuva e quase bateu as botas – havia levado um raio na cabeça e virado cinzas, assim, de uma hora para outra. Desde então, quando o primeiro relâmpago corta o céu, seu pai corre para casa e fecha todas as cortinas, para não ter o azar de ver... Bem, de ver um incidente assim. Por isso Menina Anita, como o pai sempre a chamara, nunca teve a oportunidade de ver o arco multicor, a não ser nos livros que lia.
Anita sempre amaldiçoara o dia em que a professora fizera aquela bendita pergunta. Desde então parecia que lhe faltava algo. Buscava a resposta entre as pessoas. Conversava com uns e outros, mas o que diziam não parecia fazer sentido para ela. E tinha medo do tempo chegar “lá”, antes que descobrisse o que tanto lhe incomodava.
Assim transcorreram doze anos e nunca conseguira encontrar a resposta para aquela pergunta. Continuara a mesma Menina Anita. Com os mesmos sonhos e a mesma dúvida. Na verdade, sempre achara que um belo dia fora “esticada” e lhe disseram “Agora você é adulta. Arrume um emprego, menina”. E ela se tornou professora. Passou a lecionar na mesma escola, onde estudara toda a sua vida. Realmente gostava do que fazia. Adorava crianças e algumas vezes até se confundira com elas.
Nunca lhe passara pela cabeça sair do campo. Sua vida sempre fora boa, embora sentisse que apenas seguia o que lhe diziam e isso lhe causara um tremendo vazio. Nunca se permitiu pensar com o coração... Mas um dia os ponteiros do relógio podem girar ao contrário, a lua surgir no alvorecer, o sol nascer entre as estrelas na noite mais escura, e o coração pode falar mais alto, tão alto que não há mais como ignorar, e então tudo pode mudar para melhor... 
Era o primeiro dia de primavera daquele ano. Anita acordou se sentindo como sempre. Mas algo lhe dizia que seria um dia diferente. Nada acontecia... Já estava perdendo a esperança. Mas ela mesma não sabia o que tanto esperava! Estrelas surgirem da grama ou pitangas caírem do céu?!
No fim da tarde daquele mesmo dia, quando voltava da escola, tomou o caminho que sempre fazia para casa. Mas ele parecia diferente. A grama mais verde. As flores mais vermelhas. O céu mais azul. E o sol, era apenas uma lembrança luminosa por detrás das nuvens negras. O vento que soprava contra suas costas, cada vez mais forte, balançava a copa das árvores. Seu cabelo, antes preso com um laço, agora flutuava ao seu redor e Anita olhava a fita que ao longe voava.
De repente sentiu como se este mesmo vento estivesse soprando em seus ouvidos: “Menina tola, não vês!?! Não estamos vivos! Nós somos vivos! Viva bem, Menina Anita. Viva bem...!”
Aquelas palavras ecoavam com cada vez mais força em sua mente, quando um raio irrompeu o céu, agora negro, e a tirou de seus pensamentos. Anita pressionou os livros contra o peito e apressou os passos. Atravessou os campos de flores e passou pelos milharais, até chegar à estrada de terra e depois ao tapete verde que cobria toda a vizinhança. Subiu as escadas de sua varanda, e tocou com sua delicada mão a maçaneta, mas não abriu a porta. Nunca havia hesitado. “Maldita mão que agora teimava em ser independente!”, pensou. Tentou novamente e desta vez sua mão a obedeceu. Mas então, outra trovoada ressoou no céu. Desta vez mais forte, mais próxima. E aquelas palavras sopradas pelo vento, retornaram à sua mente com ainda mais intensidade – “Viva bem, Menina Anita. Viva bem...!”. A cada segundo que passava sentia como se cada centímetro de seu corpo lutasse para se libertar. E como se aquele desejo, há muito adormecido, houvesse despertado de um longo sono, lentamente soltou os livros no chão e retirou os sapatos, ficando descalça no assoalho de madeira. Virou-se e começou a andar em direção às escadas. Escutou sua mãe dizendo: “Anita, venha já para dentro! Logo vai começar a chover”. Sem se virar, apenas respondeu: “Hoje não, mãe”. Sua mãe começou a esbravejar e seu pai a entrar em desespero, só em pensar na filhinha virando carvão; mas Menina Anita, já não mais os escutava. Havia descido a escada e andava sobre a grama, sentia sua maciez e umidade. Ela andava ao encontro daquela multidão agitada retirando os lençóis dos varais. Anita sempre observava encantada, aquele misto de cores esvoaçantes que dançavam sobre o campo. Mas hoje era definitivamente um dia diferente. Seu corpo bailava junto aos tecidos em uma perfeita harmonia, ao som de uma melodia, que ninguém, exceto ela escutava. O tempo, hoje, não tinha pressa de chegar “lá”. E os espectros coloridos, pareciam descortinar um novo mundo diante de seus olhos.  Anita ouvia o som da chuva se aproximando e a ânsia de senti-la tocar sua pele, como antes nunca havia feito, crescia de tal maneira que não pôde mais esperar.
E correu a seu encontro.
Mas antes que a tocasse, parou, ergueu sua cabeça e fechou os olhos... E a sensação daquelas pequeninas lágrimas celestes tocando-lhe a face, deslizando pela sua pele e molhando todo seu cabelo e vestes, a deixou maravilhada. Nunca havia se sentido assim. Sorria sem motivos. Sentiu então, seu rosto ser acariciado pelos raios de sol, aquecendo-o. Abriu os olhos e lá estava a grande estrela reluzente novamente no céu entre as nuvens. Seus filetes de luz, transpassando cada gota de chuva, formavam um arco multicolorido. Olhou ao redor para ver se apenas ela assistia ao maior espetáculo que já havia visto. E à sua volta as crianças brincavam e sorriam. Anita contemplou o arco-íris, até o sol desaparecer, mas desta vez, no horizonte.
Anita não queria voltar para casa. Ainda não. Sentia necessidade de encontrar o astro fulgurante, uma vez mais, antes de começar sua nova vida. Cortou o caminho pelo milharal e começou a caminhar na estrada de terra sob a luz da lua.
Nada de extraordinário lhe acontecera. Estrelas não surgiram da grama ou pitangas caíram do céu.
Mas algo extraordinário, sentira. Anita, finalmente, havia aberto uma fresta da porta de seu coração. E a felicidade que tanto aguardara para entrar, se espremeu e entrou de fininho, preenchendo todo o vazio que algum dia ela sentira.
Quanto à pergunta que tanto a afligia? Ela não foi respondida com palavras vindas de quem quer que fosse.
Menina Anita, sentiu sua resposta no momento em que a primeira gota lhe tocara o semblante.
E agora, Anita se transformava em um pequeno vulto banhado pelos raios da aurora.

                                                                        Shimene Reis Graça

Halloween!


Sexta-feira tem Halloween do Moto Clube Caveiras de Niterói!! Quem quiser aparecer, as informações estão aqui do lado.



VAMOO! vai ser legal!





Beijos !!!

domingo, 16 de outubro de 2011

Morde e Assopra

Ontem foi o último dia de Morde e Assopra.
E só estou aqui pra registrar o quanto eu estou feliz por ter feito essa novela, com tanta gente legal!
Quero agradecer ao pessoal de que teve paciência comigo. hahah Acho que as vezes eu irritava as pessoas com tanta implicância. HAHA

Agradecer aos autores, ao elenco, aos diretores, a equipe de produção, de cabelo, maquiagem, figurino, continuidade, luz, som...(estou generalizando pra não esquecer de ninguém)...e é claroo, agradecer a todos que assistiram!!! 

AHH FOI MUITO BOM!!!! Adorei poder fazer a Márcia ;* !

É isso... Morde e Assopra - Novela de Walcyr Carrasco - Direção garal de Rogério Gomes.



Obrigada!!!
(queria uma foto com todos juntos mas não consegui)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Quem sabe faz ao vivo!!!

Como é bom ouvir uma música que tenha um clipe que te faz viajar, né?


Achei esse clipe lindo, e muito bem feito! Além de combinar com a música!
O Coldplay é uma banda bem conhecida atualmente, e de acordo não só com Medina (criador do RIR), mas com muitas pessoas que assistiram o show, o Coldplay fez o melhor show do Rock in rio 2011!!!  


Curtam a música, o clipe e quem quiser um pouco mais, o show!!!!

Beijoss!
Achei que essa seria uma boa forma de voltar a escrever aqui no blog.